quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Um pouco sobre discriminação

Era uma terça-feira, uma das últimas de minhas férias. Estava no shopping com minha mãe e minha avó, que queria me dar um presente. Eu procurava por uma peça de roupa específica, que não havia encontrado em loja nenhuma. Então decidi entrar na Animale (para quem não conhece, é uma marca com roupas mais sofisticadas, conhecida por ter preços mais, digamos, salgados) e ver se conseguia lá o que não havia conseguido no resto do shopping.

Entramos na loja. Estava vazia, exceto por uma mulher no caixa, pagando. Atrás do caixa, umas cinco atendentes da loja, conversando. Ao lado delas, a gerente. Enquanto esperava para ser atendida, dei uma olhada nas roupas. Eu esperei, mas o atendimento não chegou. Eu estava sendo obviamente ignorada por todas as atendentes e a gerente da loja. Agora eu pergunto para vocês: por que? O que justifica esse comportamento? Bem, a resposta é muito simples. Nós não tinhamos cara de quem tem dinheiro para comprar lá. Isso sinceramente me ofendeu, e muito. Não era mais uma questão de conseguir a tal saia que eu queria. Era uma questão de respeito.

Quero dizer, talvez eu não me vista como uma perua. Talvez não use maquiagem suficiente, roupas chiques o suficiente. Não sei. Mas isso com certeza não justifica o comportamento de deixar de dar atendimento a um cliente em potencial (sim, eu era uma cliente em potencial, pois minha avó teria dinheiro para comprar a saia) simplesmente por sua aparência.

Discriminação. Simples, e na frente de todo mundo. O pior é que eu tenho certeza de uma coisa: as atendentes foram instruídas a agir assim. A selecionar quem irão atender.

Saí da loja e fui gastar meu dinheiro em algum lugar que recebesse um pouco de respeito.

10 comentários:

  1. nossa que foda isso :/ talvez é por isso que havia cinco atendentes sem nada paara fazer. assim nenhum comércio vai pra frente :D

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  2. Aqui em Porto Alegre, tem um shopping que veio do Rio de Janeiro, o Barra Shopping Sul, no bairro que ele fica só tem pessoas com poder aquisitivo maior que o meu, não curto muito ir lá, mas meu irmão e mãe sim. Lá dentro os únicos negros que tu vê são os que limpam o shopping, uma menina que trabalha na Boticário, mas também ela é magra, alta, não é muito escurinha e tem o cabelo "liso" e os seguranças. Pura discriminação. Detesto isso! Temos que saber tirar de letra certas situações.

    Um beijo

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  3. Que ridículo.
    Eu, particularmente, sou contra comprar roupas de marca. Elas ajudam ainda mais a discriminar.
    Beijos

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  4. Infelizmente esse tipo de coisa é cada vez mais comum. Isso é horrível!

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  5. Fazer o que né!!
    E infelizmente, não é só em shoppings... sim, em todos os lugares.
    Pior ainda quando se é estudante, aí sim elas vem atrás, pra ver se você está roubando algo, sabe...

    Também sou a favor do boicote às lojas de "marca", afinal, o que vale mais é a roupa ou a etiqueta?

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  6. Juliana, tô sempre lendo aqui e gosto muito do seu blog. Deixei um selo pra você no meu blog.
    Bejokas =)

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  7. Frô.. tem selinho pra vocês no meu blog
    http://agarotaestranha.blogspot.com
    É só linkar quem te indicou e indicar mais 5 blogs...

    beeijos!!

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  8. Foi mesmo discriminação, talvez? Eu chamaria uma delas na boa, e pediria ajuda. Nessas horas a gente não fica de boca fechada, estamos só contribuindo para o aumento disso.

    Obrigada pelo comentário! Bjs! s2

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  9. Ah isso que tu disse é um caso muito bom, pq até a forma que vc é tratado em algum lugar influencia bastante, se vc chegar toda produzida vc vai receber um tratamento bem melhor de quem chega de chinelo de dedo. É um absurdo.
    beijos

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