sábado, 27 de março de 2010

A latinha


Sempre achei as crianças seres esquisitos. Quero dizer, todos amam crianças. Posso dizer que eu nunca fui apaixonada por elas, mas algumas me derretem. E eu consigo entender porque elas são tão apaixonantes; sua sinceridade, sua inocência.

O engraçado sobre elas, é que muitas vezes elas parecem prefirir o simples. Enquanto algumas pessoas, no mundo real, vivem em busca do celular mais novo, do computador mais rápido, do novo lançamento, as crianças se satisfazem com tão pouco... Dê a elas aquela cozinha de plástico que você viu na loja. Aquela que era muito cara, grande, e bonita. Tenho certeza de que a criança vai gostar. Um dia ela encontrará no chão uma latinha de coca-cola vazia. Em um instante ela estará se deleitando com as maravilhas de uma simples latinha.

Ela não se importa com a grandiosidade de seu brinquedo, ela não procura o mais caro, ela não procura o que ela possa exibir para os outros. Ela procura algo que possa diverti-la. E porque uma latinha não desempenharia bem esse papel?

Eu espero que as crianças nunca percam sua inocência. Nunca percam esse brilho, nunca percam a humildade. Talvez a culpa seja nossa; as apresentamos pequenos grandes brinquedos, deixando de lado as pequenas coisas de nosso dia a dia que podem fazer uma criança feliz.

Foto: Getty Images

segunda-feira, 22 de março de 2010

Books.





É real.

sábado, 20 de março de 2010

As (nem tão) polêmicas pulseiras

Jornais, sites e revistas falam sobre a imensa polêmica que as pulseiras do sexo vem causando. Pais proibiram suas filhas de usarem as pulseiras, escolas fizeram o mesmo. Adultos ficaram chocados com a ideia de que suas "crianças" estariam participando de algo tão... primitivo, seria a palavra? Enfim. Polêmica é o que essas pulseiras vem causando.

Porém, eu nunca entendi essa polêmica. Tempestade em copo dágua. Quero dizer; realmente é horrivel alguém usar uma pulseira colorida para determinar o que irá fazer com outra pessoa, como se fosse um jogo. Mas sinceramente... nunca ouvi falar de ninguém que tenha realmente usado pulseiras com esse motivo. Os pais, preocupados, pensam que todo mundo usa as pulseiras para isso. Alguém ouviu esse boato e ele foi rolando, até todos os adultos pensarem que a juventude atual se preocupa apenas com isso: sexo.

Fico pensando sobre as inúmeras meninas que usavam as tais pulseiras antes desses boatos começarem. Os pais de muitas delas as proibiram de usá-las, e pouco a pouco elas foram se extinguindo nas ruas. Cada um usa a pulseira por um motivo diferente, mas se uma das pulseiras for ragada por outra pessoa, quem poderia obrigar as meninas a cumprir a "penalidade" que existe por trás de cada cor?

Então, a polêmica das pulseiras do sexo existe, sim. Mas por motivo nenhum. Sei que devem existir meninas que usam as pulseiras com esse propósito, até porque o Brasil é um país grande e tem gente de tudo quando é tipo. Mas a polêmica que se criou ao redor disso foi se multiplicando, até chegar o momento em que existia a polêmica, mas não um motivo para ela.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Modinha.


Modinha. Difícil encontrar alguém que não sabe o que é. Difícil encontrar alguém que nunca teve sua banda preferida transformada em uma. Difícil encontrar alguém que nunca tenha gostado de uma.

A verdade é que 90% dos adolescentes odeia a simples menção da palavra "modinha" (mesmo que eles mesmos sigam todas as modinhas possíveis). Ninguém quer admitir que sua banda é moda, que sua série é moda, que seu livro é moda. E se não tem jeito, se você é fã de Twilight ou até Cine (?), sempre tem a frase: "Ah, mas eu gostava antes de virar modinha" (eu mesma perdi a conta do número de vezes que pronunciei essas exatas palavras).

A verdade é que modinha tem seu lado bom. Você provavelmente nunca teria conhecido aquelas bandas ótimas que atualmente adora. A "modinha" te apresenta coisas novas, das quais você vai gostar... ou não. Simples assim.

Dizem que o real real problema é: a modinha vem causando alienação aos adolescentes, que não conseguem criar (ou defender) sua própria opinião e gostam apenas porque o resto do mundo também gosta. Mas, sinceramente, não acredito que isso seja, de fato, um problema! Somos adolescentes, mini pessoas, projeto de pessoas. Ninguém precisa saber com certeza do que gosta, ninguém precisa ter uma opinião formada sobre tudo.

Acho que essa é uma fase em que as modinhas são mais do que necessárias. Talvez com elas, nós, os projetos de pessoas, encontremos um caminho mais fácil para a pergunta "quem sou eu". Conhecemos de tudo, de Cine à Twilight (esses dois de novo?). Talvez agora não seja necessário uma opinião formada sobre os dois, talvez gostar dos dois seja suficiente. Conhecendo os dois, formamos nossas opiniões. Depois de se perder, a gente se encontra.

E é assim que a fase 'projeto de pessoas' é deixada para trás.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Batendo na mesma tecla (novamente)



Hoje em dia, ser gay deixou de ser apenas uma característica pessoal de alguns. Se tornou uma qualidade, uma virtude. Afinal, todos sabem que os gays são os mais engraçados, divertidos, bonitos e purpurinados que o mundo já viu. Então, com essa aceitação enorme que a homossexualidade vem tendo, podemos dizer que o Brasil é um país livre de preconceito, certo? Nananinanão.

É bastante óbvio que atualmente as pessoas parecem mais abertas em relação a sexualidade de cada um. Mas eu acredito que o preconceito se manifesta de diversas formas. Quando algumas adolescentes saem desesperadas atrás de um amigo gay, acredito que estão tendo preconceito. Pois estão simplesmente criando um pré-conceito sobre todos os homossexuais existentes no universo. No instante em que elas dizem que querem um amigo gay pois eles são "engraçados, divertidos, bonitos e purpurinados", estão sendo preconceituosas.

Não sei você, mas como eu sempre faço questão de deixar claro, odeio preconceito. Duas pessoas tem o direito de se amar, indiferentemente de seu sexo. As pessoas tem direito de gostar de quem quiserem gostar, beijar quem quiserem beijar. Odeio aqueles radicais que dizem que deus não criou as pessoas para agirem dessa forma. Pesso desculpas aos religiosos; sei que cada um tem suas crenças bem distintas. Porém, não consigo pensar em um deus que não nos dê a liberdade de amar. Cada um ama da sua maneira, seja ela qual for.

Só porque é gay, não quer dizer que é engraçado e divertido. Muito menos purpurinado. Tenho pavor de quem busca um amigo gay, pois está apenas julgando alguém sem conhecer de fato sua essência; está julgando um estereótipo.

Algumas pessoas são gays. O fato de que você nunca vai poder mudar isso te irrita? Pois não deveria.

quinta-feira, 4 de março de 2010

She lives in her fairytale


Sempre acreditei que as pessoas só vêem o que elas querem ver. Eu sei que, infelizmente, faço parte dos que aderem a esse lifestyle. É claro que não é o tempo todo; seria impossível viver assim. Porém, em alguns momentos (principalmente os de dificuldade), parece apenas mais fácil ver o que eu quero ver, ao invés da realidade. O pior é que muitas vezes a linha entre a realidade e a fantasia é tênue. Eu sei que é ruim fazer isso, pois a realidade acaba caindo com um baque e destruindo tudo que você lutou com tanta persistência para fazer exatamente do jeito que você queria.

Sabe qual é o problema? Vidas perfeitas. Todos lutam tentando alcançar um nível de vida impossível de se chegar. Todos querem pensar que seu relacionamento, sua amizade, sua relação familiar está perfeita. Quando eu sei que tem algo errado comigo e com alguma dessas relações que me cercam, eu simplesmente não consigo falar sobre isso com ninguém. Porque, se eu falar, vai se tornar real. O problema é que já era a realidade, eu só estava lutando para não aceitá-la.

Deveríamos parar de buscar por vidas perfeitas, pois todos tem problemas. Talvez devessemos apenas aceitar a realidade como ela é, e parar de viver em nosso mundo de fantasias. E, no meio das "vidas perfeitas", encontramos algo que sempre é usado a nosso favor, mas apenas nos prejudica:

Você só vê o que quer ver.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Uma nota rápida de agradecimento

Eu queria agradecer muito a vocês. Ontem completei 50 seguidores, metade de 100 (dãããã)! É muito bom pra mim ver que tem gente que gosta de ler o que eu escrevo, é um estimulo muito grande. Eu me divirto muito escrevendo pro Blorkutando e pro Blogueando, e é ótimo ver que as vezes eu consigo estar entre os melhores textos. Pretendo escrever pra outros projetos também, o Once Upon a Time, PostIt e Bloínques estão salvos por aqui e assim que der vontade eu vou participar. Por fim, a todos que tem me dado selos, eu agradeço do fundo do meu coração. De todos que ganhei não postei nenhum por aqui, isso pela minha falta de organização. Tá tudo meio corrido com a volta as aulas, o fim das férias (ok, talvez eu só seja desorganizada por natureza), e eu só costumo ver os comentários da última postagem quando posto algo novo. Aí eu respondo a maior parte deles, mas acabo esquecendo os selos, deixando pra depois ou simplesmente não tendo tempo. Deve parecer grosseria, mas eu juro que não é de propósito!

Eu senti que tinha que agradecer, porque recebo alguns comentários fora do padrão que me deixam extremamente feliz. Isso é um blog, e eu não sou famosa: não há motivo pra não responder a vocês ou esnobá-los, haha. Por isso, agradeço do fundo do meu coração (de novo) a todos vocês que passam por aqui de vez em quando, e essa postagem é o mínimo que eu poderia fazer. Uma vez fui em um blog de um cara que dizia "[...] E eu tento responder todos os comentários dos meus fãs [...]", mas pô, ele não é famoso. O legal de um blog é que todo mundo que tem um tá aprendendo junto. Humildade é, no mínimo, importante.

Por fim, eu estou completamente aberta a críticas e sugestões (infelizmente não tenho um formspring pra vocês me criticarem anonimamente, sinto muito), podem comentar por aqui ou me procurar também no orkut, já que sempre que eu posso, estou por lá.

Ok, eu comecei dizendo que isso seria uma "nota rápida de agradecimento", mas acabou se extendendo. De qualquer jeito, acho que vocês entenderam. BEIJO MEUS FÃS! (brincadeira, dããã)